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Mostrando postagens de outubro, 2012

Espectrofotômetro

Alguns componentes são comuns a todos os espectrofotômetros, como é verificado a seguir. A luz, habitualmente fornecida por uma lâmpada, é fracionada pelo prisma ou rede de difração (monocromador) nos comprimentos de onda que a compõem (luzes monocromáticas). O comprimento de onda selecionado é dirigido para a solução contida em um recipiente transparente (cubeta). Parte da luz é absorvida e parte é transmitida. A redução da intensidade luminosa é medida pelo detector (célula fotelétrica) porque o sinal elétrico de saída do detector depende da intensidade da luz que incidiu sobre ele. O sinal elétrico amplificado e visualizado no galvanômetro em números, é lido como uma absorbância e é proporcional à concentração da substância absorvene existente na cubeta. A precisão dos comprimentos de onda para análise são chamados de bandas de passagem, mais comum na ordem de 10nm. O espectro da análise mais comum é de 330nm a 1100nm para a faixa visível. Antes de utilizar um esp

Natureza da Cor e Absorção de Luz

O conhecimento da absorção de luz pela matéria é a forma mais usual de determinar a concentração de compostos presentes em solução. A maioria dos métodos utilizados em bioquímica clínica envolve a determinação espectrofotométrica de compostos corados (cromóforo) obtidos pela reação entre o composto a ser analisado e o reagente (reagente cromogênico), originando um produto colorido. Os métodos que se baseiam nesse princípio são denominados métodos colorimétricos, os quais geralmente são específicos e muito sensíveis. A grande vantagem em utilizar compostos coloridos deve-se ao fato de eles absorverem luz visível (região visível do espectro eletromagnético). A espectrofotometria — medida de absorção ou transmissão de luz — é uma das mais valiosas técnicas analíticas amplamente utilizadas em laboratórios de área básica, bem como em análises clínicas. Por meio da espectrofotometria, componentes desconhecidos de uma solução podem ser identificados por seus espec

Metabolismo do Ferro

Além de sua função essencial na formação da hemoglobina, o Ferro tem um papel importante na formação adequada dos ossos, na cicatrização, na síntese do RNA, na pigmentação da pele e do cabelo, e no metabolismo das proteínas. As doenças e desordens relacionadas com a deficiência desse mineral são: diminuição na formação de hemoglobina, distúrbio na função da medula óssea, depressão na produção de eritrócitos e possível dano à membrana celular. No final da sobrevida, ou seja, 120 dias, os eritrócitos são destruídos nos macrófagos do sistema reticuloendotelial (SRE) dentro do baço; o ferro é liberado da hemoglobina, entra no plasma e fornece a maioria do ferro da transferrina. Somente uma pequena porção do ferro da transferrina plasmática vem da dieta, absorvido no duodeno e no jejuno. Quase todo o ferro da hemoglobina é reaproveitado, assim as necessidades diárias de ferro novo são pequenas.  ABSORÇÃO A absorção intestinal (duodeno e jejuno) é da ordem de 1 mg/dia, embora a quantid

Hemoglobina Total

A Hemoglobina ( C 2952 H 4664 O 812 S 8 Fe 4  ) é o principal componente das hemácias.  Esta proteína é quase esférica, tendo aproximadamente 55 Å de diâmetro e massa molecular de aproximadamente 64000.  De coloração avermelhada, é a substância corante da hemácia, por conter átomos de ferro.  A hemoglobina é uma proteína conjugada, cuja função é transportar O2 e CO2 pelos diferentes tecidos do corpo humano.  Transporta também uma pequena quantidade de gás carbônico. A hemoglobina combina-se com o oxigênio na velocidade de 1/100 de segundos e dissocia-se a 1/20 de segundo.  Trata-se de uma cromoproteína contendo 96% de uma albumina denominada globina e 4% de um grupamento prostético Heme.  Tipos de Hemoglobina A globina tem 4 cadeias protei cas, 2 α  e 2 β ,  cada uma com aproximadamente 140 aminoácidos. Cada cadeia está dobrada de forma a constituir uma ‘bolsa’ na parte externa da molécula, onde se aloja o heme. Embrionária: Gower 1 (ξ2ε2) Gower 2 (α2ε2) Hemoglobi

Contagem de hemácias e índices hematimétricos

Contagem de hemácias Este teste, também chamado de contagem de eritrócitos, é parte de uma contagem completa de sangue. É também usado para detectar a quantidade de hemácias em um microlitro (mm³ ou milímetro cúbico) de sangue total.  Índices Hematimétricos Servem à classificação morfológica das anemias. Fornecem valores médios da concentração de hemoglobina e volume de hemácias, sendo calculados a partir de determinações prévias do hematócrito, hemoglobina e número de hemácias por microlitro de sangue Objetivos Fornecer dados para o cálculo do volume corpuscular médio e da hemoglobina corpuscular média, que revelam o tamanho da hemácia e o conteúdo de hemoglobina. Dar suporte a outros testes hematológicos para o diagnóstico ou monitoração de anemia ou policitemia. Auxiliar no diagnóstico e classificação das anemias. Preparação do paciente Jejum de 4 horas. Valores de referência Método:   automatizado com eventual estudo morfológico em esfregaços corados. O

MS incorpora protocolo de tratamento da dor crônica

Pacientes que fazem tratamento para dor crônica passam a contar com mais um tipo de medicamento. O Ministério da Saúde atualizou o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas da Dor Crônica, lançado em 2002, com a incorporação do medicamento gabapentina para o tratamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A Portaria n° 1.083 traz a inclusão do medicamento, além de orientações aos profissionais quanto ao seu uso. As diretrizes trazem critérios de diagnósticos, tratamento, controle e avaliação e é de caráter nacional e dever ser utilizado pelos profissionais de saúde para garantir o acesso e qualidade no atendimento aos pacientes. O medicamento gabapentina é utilizado no tratamento da dor neuropática — localizada em qualquer ponto de uma via nervosa por lesão ou disfunção de estruturas do sistema nervoso periférico ou central — e que não responde aos antidepressivos e antiepilépticos. Os benefícios esperados são o alívio da dor, garantindo qualidade de vida aos pacientes. Estas

Biotina e Clobetazol gratuitos no SUS

O Ministério da Saúde ampliou o elenco de medicamentos gratuitos ofertados no Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), a pasta acrescentou dois novos produtos à Relação Nacional de Medicamentos (Rename): a Biotina , indicada para o tratamento de pessoas com deficiência de biotinidase (falta de vitamina H), e o Clobetasol , recomendado contra a doença de pele psoríase. A expectativa é de que o impacto no orçamento para assistência farmacêutica básica, para o próximo ano, seja de aproximadamente R$ 7 milhões. “O processo de incorporações atende a prioridade do ministério de garantir a universalidade do acesso da população a medicamentos gratuitos. Com isso, reduzimos complicações decorrentes das patologias, possibilitamos a melhora de vida desses pacientes, e reduzimos gastos do governo com internações”, afirma o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. Psoríase  – A decisão da Conitec

Criado no Brasil, remédio contra a malária vira referência mundial

Um remédio desenvolvido no Brasil vai expandir sua atuação como aliado na luta contra a malária no continente asiático. Trata-se da combinação de dose fixa de artesunato (AS) e mefloquina (MQ), tratamento contra a doença originalmente desenvolvido por Farmaguinhos, instituto da Fiocruz, em parceria com a organização de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês). O remédio foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tornando-se referência em todo o mundo. O reconhecimento também possibilita que seja oferecido por organizações que recebem financiamento de organismos internacionais, como Unicef e o Fundo Global de luta contra a Aids, Tuberculose e Malária. O fármaco já é registrado na Malásia e na Índia, e é atualmente fabricado nas instalações da empresa farmacêutica Cipla, na região indiana de Patalganga. O acesso ao medicamento na Ásia foi facilitado pela transferência de tecnologia de Farmangui

Isótopos, Isóbaros e Isótonos

Número atômico e número de massa Chama-se o número atômico de um elemento o número de prótons no seu núcleo. Para um âtomo neutro, este é também o número de elétrons que o átomo possui. O número atômico geralmente é representado pela letra Z. Chama-se o número de massa de um elemento a soma do número de prótons com o número de neutrons, isto é, o número de partículas que constituem o núcleo. Representa-se geralmente pela letra A. Assim, sendo N o número de neutrons de um núcleo, é evidente que: Isótopo São variantes de um elemento químico particular. Enquanto todos os isótopos de um dado elemento compartilham o mesmo número de prótons, cada isótopo difere dos outros em seu número de nêutrons.  O termo isótopo é formado a partir das raízes gregas isos (ἴσος "igual") e Topos ("lugar" τόπος). Assim: "o mesmo lugar", significando que diferentes isótopos de um único elemento ocupam a mesma posição na tabela periódica. O número de prótons dentro núc

Microscópio Óptico

O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nú. O  microscópio óptico  utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras. Os primeiros microscópios ópticos datam de 1600, mas é incerto quem terá sido o autor do primeiro. A sua criação é atribuída a vários inventores: Zacharias Janssen, Galileo Galilei, entre outros. A popularização deste instrumento, no entanto, é atribuída a Anton van Leeuwenhoek (Fig.1). Figura 1 . Microscópio óptico de  Anton  van  Leeuwenhoek Os microscópios ópticos são constituídos por uma componente mecânica de suporte e de controlo da componente óptica que amplia as imagens. Os microscópios atuais que usam luz transmitida partilham os mesmo componentes básicos (Fig. 2). Figura 2 . Microscópio óptico 1.  Lentes oculares  2.  Revólver  3.  Lentes objetivas  4.  Parafuso macrométrico  5.  Parafuso micrométrico